Greve na Receita Federal afeta liberação de cargas e preocupa setor industrial em Manaus
- Exim Aduaneira
- 29 de abr.
- 2 min de leitura

A greve dos auditores fiscais da Receita Federal, que já ultrapassa cinco meses, ganhou um novo capítulo nesta quinzena: a intensificação da operação-padrão nas unidades de fronteira, com verificação minuciosa de 100% das mercadorias dois dias por semana. A medida tem gerado preocupação crescente no setor industrial, especialmente no Polo Industrial de Manaus (PIM), e ameaça comprometer ainda mais a logística da região.
Na prática, a operação-padrão torna o processo de liberação das mercadorias mais lento e detalhado. O resultado direto tem sido o aumento do tempo de desembaraço, com atrasos médios de 10 a 20 dias úteis. Para muitos operadores logísticos, isso representa praticamente um mês a mais no tempo de espera para a liberação de insumos essenciais às linhas de produção.
As prioridades, neste momento, têm sido mercadorias perecíveis e de primeira necessidade. Já os insumos industriais estão sendo colocados em segundo plano. Isso tem provocado represamento nos portos, aeroportos e terminais alfandegados de Manaus, que seguem recebendo cargas, mas com capacidade de escoamento bastante limitada.
Com o prolongamento da paralisação, empresas do setor industrial já sentem os efeitos. Algumas linhas de produção foram interrompidas e há risco real de demissões se a situação persistir. A apreensão também atinge o comércio, que trabalha com uma estrutura tributária diferente da indústria e enfrenta aumento de custos que acabam sendo repassados ao consumidor final — especialmente a população de baixa renda.
A complexidade da situação aumenta quando se considera a infraestrutura limitada dos portos locais. De acordo com relatos do setor, as liberações estão sendo feitas conforme a capacidade máxima de armazenagem é atingida, o que gera um ciclo de liberação lenta e sobrecarga constante.
A paralisação, iniciada para pressionar o governo por reajustes salariais e recomposição inflacionária, ainda não tem data para terminar. Enquanto isso, cresce o risco de que navios de carga deixem de operar em Manaus por falta de espaço físico nos terminais.
O que isso significa para quem importa e exporta?
A instabilidade causada por paralisações prolongadas pode gerar perdas expressivas, tanto em eficiência quanto em custo. Para empresas que dependem de um fluxo logístico confiável, a situação exige planejamento estratégico e suporte especializado para minimizar os impactos.
Está enfrentando atrasos na liberação de cargas ou quer entender como reduzir os riscos em meio à instabilidade aduaneira?
Fale com um time especializado em soluções aduaneiras. A Exim Aduaneira pode ajudar sua operação a fluir com mais segurança, mesmo em momentos de crise.
Comments